segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

OPINIÃO: Continuam ocupadas em Barcelona 8 faculdades e a reitoria.

Desde há cerca de um mês para cá, um grupo de estudantes revoltados com o que se passava relativamente ao Processo de Bolonha que tem vindo a ser implementado por toda a Europa e com o sub-financiamento que tem vindo a ser promovido pelo partido de Zapatero no governo (PSOE) no que concerne às faculdades, decidiram ocupar as mesmas e mais a reitoria. Neste momento e após um longo período de luta, esses mesmos 9 edifícios continuam ocupados e não parece que irão desistir muito em breve.


Por cá, a situação é idêntica. Bolonha tem vindo a destruir os alicerces do ensino superior. O RJIES não melhorou, as propinas estão cada vez mais altas, a acção social é cada vez mais diminuta e as faculdades estão em vésperas de entrar na bancarrota. Porém existem diferenças: cá manifestam-se parcas dezenas (talvez centenas) de estudantes. Lá são aos milhares. Cá criam-se plataformas que não conseguem articular com as AE's das respectivas faculdades e com a AAUL, por impossibilidade de diálogo. Lá, colocam-se de parte as diferenças e unem-se todos na mesma luta.


Que falta então cá? Vontade de mudar não é de certeza, senão não existiram os variados movimentos estudantis que existem, embora muitas vezes reduzidos a poucos elementos verdadeiramente constituintes. Falta, acima de tudo, capacidade de acção. Existe motivação por parte dos estudantes para fazer algo. O problema reside é no que se há-de fazer realmente. E mesmo quando se chegam a verdadeiras conclusões, falta espaço para se conseguir agir. Há falta de capacidade financeira, de capacidade material, de capacidade humana. Há falta de tudo, menos de vontade.


No entanto, esta notícia dá esperança àqueles que acreditam na luta, que acreditam que é possível mudar, seja por acções directas ou por palavras. O que importa, neste momento e no caos que se instalou, é agir. E agora é a hora.
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